Resumo O sensoriamento remoto fornece uma visão global dos oceanos, embora seja necessária uma validação prévia. O IFREMER desenvolveu o algoritmo empírico OC5 para águas altamente turvas (tipo 2), que mostrou um bom desempenho para essas regiões. Neste trabalho, é analisado o desempenho desse algoritmo no estuário do Rio da Prata, utilizando observações in-situ de clorofila-a e partículas em suspensão. Três métodos diferentes de exclusão foram utilizados para combinar observações in-situ e remotas. Os resultados mostram uma baixa correlação entre os dois tipos de observações no estuário para ambas as variáveis. Além disso, a Raiz do Erro Quadrático Médio foi superior a 35% para as duas variáveis, indicando uma ineficiência do OC5 para os dados capturados pelo MODIS. Esse fraco desempenho pode estar relacionado à natureza empírica do algoritmo, à quantidade e distribuição dos dados utilizados para a análise, às espécies que compõem o fitoplâncton da região, à presença de outras substâncias oticamente ativas na água e aos erros nas correções atmosféricas e/ou na variabilidade espacial das variáveis analisadas. Estes resultados confirmam a necessidade de desenvolver algoritmos regionais considerando as características físicas e biológicas da área em estudo.

Abstract Remote sensing provides a global vision of the oceans; validation is, however, an essential previous step. IFREMER developed the empirical algorithm OC5 for highly turbid (or type 2) waters and it performed well for the northwestern European shelf. The aim of this study was to evaluate the performance of this algorithm for the Río de la Plata estuary, utilizing in situ observations of chlorophyll-a and suspended matter. Our results show a low point-to-point correlation between in situ and remote observations for both variables. In addition, the root mean square log error (RMSE) exceeded 35% for both variables, indicating a poor performance of the OC5 algorithm. This might be related to the empirical nature of the algorithm, to the amount and distribution of the data used for the analysis, to the species that compose the phytoplankton of the region, to the presence of other optically active substances in the water, and to errors in the atmospheric corrections and/or to the spatial variability of the analyzed variables. In conclusion, our results confirm the need to develop regional algorithms which take into account the particular physical and biological characteristics of the area under study.

Abstract Habitat structure, relative growth, the heterochely, population structure, morphometric maturity and fecundity of Pachycheles laevidactylus Ortmann, 1892 were analyzed during April, May and June 2005, in natural substrates of Mar del Plata, Argentina (38°02'S, 57°31'W). Algal cover, wave exposure and immersion time varied significantly between strata and between months. Chelae morphometry showed no differences between sexes. Females showed the greatest abdomen. While there was the heteroquelia, laterality not detected. The size (carapace width) ranged from 0.67 mm to 9.3 mm for males and from 1.07 mm to 10.65 mm, for females. The density of organisms varied among months and between strata. The population structure for the period of study explained depended on habitat structure. The morphometric maturity of females was recorded at the 4.38 mm of carapace width. The number of eggs was positively correlated with the size of the gravid females with a minimum of 2 eggs and a maximum of 160, but that relationship depended on progress in the development of embryos.

RESUMEN Se analizó la estructura del hábitat, el crecimiento relativo, la heteroquelia, la estructura poblacional, la madurez morfométrica y la fecundidad de Pachycheles laevidactylus Ortmann, 1892, durante Abril, Mayo y Junio del 2005, en sustratos naturales de Mar del Plata, Argentina (38°02'S, 57°31'W). La cobertura algal, la exposición al oleaje y el tiempo de inmersión varió de manera significativa entre estratos y entre meses. La morfometría de las quelas no manifestó diferencias entre sexos. Las hembras mostraron el abdomen más grande que los machos. Si bien existió la heteroquelia, no se detectó lateralidad. Las tallas (ancho de caparazón) estuvieron comprendidas entre 0.67 mm a 9.3 mm para los machos, y entre 1.07 mm a 10.65 mm, para las hembras. La densidad de organismos varió entre meses y entre los estratos. La estructura poblacional, para el periodo de estudio, se explicó en función de la estructura del hábitat. La madurez morfométrica de las hembras fue registrada a los 4.38 mm de ancho de caparazón. El número de huevos se correlacionó positivamente con la talla de las hembras ovígeras con un mínimo de 2 huevos y un máximo de 160, pero esa relación dependió del avance en el desarrollo de los embriones.